Dores musculares de causa desconhecida
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Dores musculares de causa desconhecida

Os pacientes chegam ao consultório com queixas sobre dor de cabeça, no pescoço, nos ombros ou outras regiões do corpo, muitas vezes acompanhada de sensação de tontura e formigamento dos membros.

Dores musculares de causa desconhecida podem esconder a Síndrome Dolorosa Mio-fascial.

Dr Alexandre E.O.Gomes,oficial Dentista da PMMG-Araxá ressalta que o tratamento da Síndrome Dolorosa Mio-fascial (SDM), doença facilmente confundida com outros problemas musculares, deve ser iniciado assim que ocorram os primeiros sintomas. Pesquisa da Unifesp vai avaliar a melhor forma de combater essa doença de difícil diagnóstico.

Dor persistente, localizada ou alcançando regiões do corpo, com sensação de peso, fraqueza, cansaço e limitação de movimentos. Estes podem ser os sintomas da síndrome dolorosa mio-fascial e que freqüentemente são confundidos com lombalgia, cefaléia, tendinite e bursite, entre outros problemas.

A dificuldade em diagnosticar a síndrome dolorosa mio-fascial ocorre porque, de modo geral, os pacientes chegam ao consultório com queixas sobre dor de cabeça, no pescoço, nos ombros ou outras regiões do corpo, muitas vezes acompanhada de sensação de tontura e formigamento dos membros.

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Na verdade, a síndrome constitui um amplo grupo de desordens musculares, sendo caracterizada pela presença de pontos hipersensíveis chamados de pontos-gatilho, que provocam dor localizada ou irradiada para regiões específicas do corpo.

Sem um diagnóstico rápido e preciso, a doença pode tornar-se crônica, aumentando a incidência da dor e levando o paciente a inúmeros e frustrantes tratamentos.

Normalmente, os sintomas surgem após um trauma físico, exercício exagerado e estresse muscular prolongado.

Fatores endocrinológicos, metabólicos e nutricionais, incluindo deficiência de vitaminas e sais minerais, além de infecções crônicas por vírus ou bactérias podem favorecer o aparecimento do problema e dificultar o tratamento.

O ponto-gatilho desenvolve-se em qualquer músculo do corpo, mas os locais mais freqüentemente atingidos são as regiões do ombro, cervical, dorsal, lombar e nádegas.

A dor contínua e persistente limita a atividade física diária, agrava o estresse e compromete a qualidade de vida do indivíduo.

Formas de tratamento

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Uma vez diagnosticada a síndrome dolorosa mio-fascial, a interrupção do círculo vicioso de dor é alcançada com a inativação do ponto-gatilho, mediante a infiltração local com medicamentos ou a utilização de acupuntura.

O tratamento farmacológico pode ser feito com antidepressivos, miorrelaxantes, antiinflamatórios e toxina botulínica. Exercícios de reabilitação muscular, após o alívio da dor, também são importantes, pois reduzem a possibilidade de reativação do ponto-gatilho e as sobrecargas impostas à capacidade funcional, o que permite a restauração gradual da atividade física normal.

Segundo a anestesiologista Miriam Bellini, pesquisadora do Ambulatório de Dor, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a SDM ainda precisa ser mais divulgada entre os profissionais de medicina.

Segundo a literatura médica, a prevalência da síndrome dolorosa mio-fascial é de 21% dos pacientes na clínica ortopédica, 30% dos pacientes com queixa de dor regional na clínica médica geral e chega a 85% dos pacientes que procuram os centros especializados no tratamento de dor.

Mais de 5% dos pacientes que procuram o Ambulatório de Dor da Unifesp sofrem com a SDM. Em 2004, o serviço diagnosticou 172 casos de pacientes com a síndrome. Fonte: Assessoria de Imprensa da Unifesp

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