A perigosa frase: Eu te amo mais do que a própria vida
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A perigosa frase: Eu te amo mais do que a própria vida

O perigo de uma declaração dessas em um relacionamento amoroso ou familiar é demasiadamente difícil de ser explicado, porém, necessária se falar nisso nos dias de hoje. O amor obsessivo é considerado um transtorno psiquiátrico comumente presente em nosso cotidiano.

O perigo de uma declaração dessas em um relacionamento amoroso ou familiar é demasiadamente difícil de ser explicado, porém, necessária se falar nisso nos dias de hoje. O amor obsessivo é considerado um transtorno psiquiátrico comumente presente em nosso cotidiano.

Quando alguém diz a um parceiro amoroso ou a um membro familiar que a vida desta pessoa é mais importante do que a dele próprio, entende-se que, para ele, ter a outra pessoa por perto faz com que todos os dilemas de vida existencial estejam curados.

Quantos pais/mães/tios e outros familiares se desestruturam ao ver seus entes queridos começarem a namorar e se ausentarem do convívio familiar?

O que falar quando estes resolvem fazer intercâmbio ou cursar faculdade em outra cidade? Aqui não estamos falando do medo, da insegurança ou da saudade que fica ao ver o ente querido crescendo e fazendo a sua própria vida. Estamos falando daqueles que deixaram de trabalhar ou até mesmo de ter uma vida amorosa em função deste filho/sobrinho/neto. Isso é muito prejudicial para quem vive e para quem é o objeto amado.

O sentimento de afeto e carinho é tão grande que não se consegue deixar o outro crescer, viver ou amadurecer do jeito mais saudável. Querem a todo tempo controlar suas vontades, sonhos, amizades e até a parceria amorosa.

O mesmo também é visto em um relacionamento amoroso.

Quando um dos parceiros diz frases do tipo eu te amo mais do que a própria vida ou você é tudo para mim podemos ligar o sinal de alerta. Isto porque, atrás de uma inocente declaração de amor pode estar uma pessoa com autoestima rebaixada que leva a ter atitudes de posse com o parceiro, tendo crises exacerbadas de Ciúmes, muitas sem razões, só para que o outro não faça coisas sozinhas ou longe de seu domínio.

Geralmente, utilizamos de 3 perguntas guias para ver se o cuidado e carinho que temos pelo nosso ente querido ou parceiro amoroso está em um nível saudável:

  1. Você depende fortemente dele?
  2. Você se sente inseguro o tempo todo?
  3. O seu ciúme é muito diferente das pessoas que conhece?

A resposta positiva a estas perguntas serve de alerta de que estamos depositando nossa esperança e felicidade na mão do outro. O que é uma receita pronta de frustração. Do contrário, se você se percebe o porto seguro de uma pessoa, vale o alerta para se atentar às posturas e comportamentos privatizantes do outro.

Não é incomum histórias no consultório de pessoas que sofreram com pais abusivos emocionalmente que interferiram em suas escolhas profissionais e amorosas. Assim como não são raras também as histórias de pessoas que sofreram com seus parceiros amorosos, em relações onde deveriam fazer e seguir uma receita pronta imposta pelo outro.

Assim, não é questão de crises de Ciúmes apenas.

O amor obsessivo sufoca, prende e privatiza a vida de seu objeto amado a ponto de ser tóxico. Entretanto, o abuso emocional é tão forte e o vínculo afetivo tão grande que tanto o ‘agressor’ como a ‘vítima’ muitas vezes não conseguem enxergar.

Por isso se autoanalisar e buscar ajuda de amigos e, quando necessário, de profissionais é um forte aliado para possuir relacionamentos familiares e amorosos saudáveis.

Sobre o Autor
Redação IS

Pessoas que amam viver simples.

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