Bolacha recheada pode viciar igual cocaína
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Bolacha recheada pode viciar igual cocaína

Algumas pessoas com excesso de peso exibem comportamentos associados ao vício, como a incapacidade de evitar determinados alimentos e uma tendência ao consumo excessivo de bolachas recheadas em tempos de estresse.

O Vício da Bolacha Recheada

É comum ouvir as pessoas descreverem a si mesmas como "chocólatras" ou dizer que estão "fisgadas" em uma determinada bebida gasosa. Mas é realmente possível ser viciado em comida?

Estamos nos tornando mais obesos, como uma sociedade. Isso ocorre porque alguns de nós estão se tornando viciados em certos alimentos?

Um estudo, no Connecticut College em 2013, sugeriu que as bolachas recheadas Oreos eram “tão viciantes quanto a cocaína” e, certamente, algumas pessoas com excesso de peso exibem comportamentos associados ao vício, como a incapacidade de evitar determinados alimentos e uma tendência ao consumo excessivo de bolachas recheadas em tempos de estresse.

Mas isso não é verdade para todos os indivíduos com excesso de peso. Então, o vício alimentar realmente existe?

Para responder a isso, primeiro precisamos entender o que é vício.

Os critérios para diagnosticar transtornos de dependência química no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais incluem o desenvolvimento de uma tolerância, tendo sintomas de abstinência e tornando-se dependentes.

A última versão, DSM-5, acrescentou: “desejo ou um forte desejo ou desejo de usar uma substância”.

O envolvimento do cérebro é fundamental para diagnosticar o vício.

Vício afeta áreas do cérebro que estão ligadas ao prazer, recompensa e tomada de decisão.

Também afeta os neurotransmissores, os sinais químicos usados para comunicação entre as células cerebrais e as regiões cerebrais.

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Ao longo do tempo, a memória de exposições anteriores a recompensas (por exemplo: comida, sexo, álcool ou drogas) leva a uma resposta biológica, como os desejos.

Comer muita bolacha pode aumentar os níveis de colesterol, açúcar e calorias

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Comer muita bolacha pode aumentar os níveis de colesterol, açúcar e calorias

Devido ao alto teor de carboidrato e sódio, podem provocar sensação de inchaço, tem alto teor de gordura trans (essa gordura ajuda aumentar o prazo de validade do produto), a qualidade dessa gordura, pode aumentar o colesterol ruim e diminuir o bom.

Quem come muita bolacha leva de presente um alto consumo de sódio e muitas, muitas calorias.

Essas pequenas tentações com recheio de chocolate, morango, baunilha, limão, avelã são inseparáveis de tardes e noites na frente da televisão assistindo a algum filme e novela.

Essas bolachas que parecem inofensivas, as vezes com "carinhas de ursinhos e desenhos infantis", são cheias de açúcares, essas bolachas recheadas possuem assustadura quantidade de calorias e gordura trans (a gordura do mal para a saúde).

Além do excesso de açúcar, as bolachas recheadas ainda contêm muita gordura saturada, o que favorece o aumento do LDL (o “colesterol ruim”) e a diminuição do HDL, considerado o “colesterol bom”.

O desequilíbrio nas taxas de colesterol é fator de risco para o surgimento de doenças cardiovasculares graves.

E, para completar, os aditivos usados para dar cor a essas bolachas também são prejudiciais à saúde e estão associados à hiperatividade e déficit de atenção.

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Oreo é a bolacha recheada preferida dos americanos e são altamente palatáveis para ratos.

Os cientistas escolheram a bolacha porque dizem que alimentos com mais açúcar e gordura são fortemente anunciados em comunidades com status socioeconômico mais baixo.

Daí, seria possível analisar o impacto destes alimentos em áreas pobres. Para chegar a essas conclusões, os cientistas colocaram os ratos em um labirinto. Do lado de cá dele, colocaram Oreos. Do outro, aqueles biscoitos de arroz (meio insossos, e os ratos parecem concordar). Daí, deixaram os ratos livres para que eles passassem quanto tempo quisessem do lado que preferissem.

O Oreo ganhou, obviamente. Os resultados foram comparados a pesquisas que injetavam cocaína ou morfina nos ratos de um lato do labirinto, contra uma injeção de substância salina do outro lado. Ratos no labirinto de Oreo gastavam o mesmo tempo do lado da bolacha que os ratos condicionados com drogas.

Além disso, comer Oreo ativa muito mais neurônios na região do prazer no cérebro do que usar cocaína ou morfina.

"Embora associemos vários perigos à saúde com usar drogas como cocaína e morfina, alimentos altos em gordura e açúcar podem apresentar um perigo maior ainda, porque são mais baratos e mais acessíveis", disse a neurocientista que teve a ideia do estudo, Jamie Honohan.

Ah: caso você tenha se perguntado, os ratos comem o recheio primeiro.

O estudo, cujo objetivo inicial era estudar o potencial de vício de alimentos com altos índices de gordura e açúcar, descobriu que o cérebro dos ratos cria uma associação tão poderosa entre os efeitos prazerosos de comer um Oreo e um ambiente específico quanto a associação feita ao tomar cocaína ou morfina.

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Redação IS

Pessoas que amam viver simples.

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