Retatrutida age sobre três hormônios cruciais para saciedade e regulação da glicose. O ensaio de fase 2 envolveu 338 participantes e foi revelado no periódico The New England Journal of Medicine, bem como no congresso da Associação Europeia de Estudos sobre Diabetes (EASD).
O estudo avaliou retatrutida, previamente pesquisada para tratamento do diabetes, e descobriu que o medicamento causou uma redução impressionante de 24,2% no peso dos indivíduos que receberam uma dosagem de 12 mg durante 48 semanas. Para comparação, os que tomaram placebo tiveram uma redução de apenas 2,1% no peso.
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A pesquisa envolveu 338 adultos obesos ou com IMC entre 27 e 30, e pelo menos uma comorbidade. Retatrutida faz parte de uma nova classe de medicamentos para obesidade e diabetes que estão ganhando destaque mundial, como Ozempic e Wegovy (semaglutida) e Mounjaro (tirzepatida), pois superam as taxas de eficácia de medicamentos mais antigos.
Retatrutida se destaca por influenciar três hormônios ligados à sensação de saciedade e ao metabolismo da glicose. A endocrinologista Alessandra Rascovski explicou sua ação tripla nos hormônios GLP-1, GIP e Glucagon, detalhando seus benefícios.
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A comunidade médica tem altas expectativas para a fase 3 dos ensaios. A esperança é que, no futuro, esta droga possa ser usada para tratar obesidade antes que se agrave, reduzindo a necessidade de cirurgias bariátricas e suas potenciais complicações.
Rodrigo Lamounier, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), enfatizou a relevância deste avanço para a saúde pública, dada a crescente prevalência da obesidade. Ele reconhece o alto potencial da retatrutida, mas também destaca a necessidade de combinar o tratamento com outras iniciativas, dada a alta relação custo-benefício dos medicamentos.
Lamounier sublinhou a importância das políticas públicas que promovam estilos de vida saudáveis, desde regulamentações alimentares até planejamento urbano que incentive atividades físicas e uso de transporte público.
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Redação IS
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