Tumores Benignos do Fígado
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Tumores Benignos do Fígado

Tumores Benignos do Fígado, descubra quando o nódulo ser benigno que está atacando o fígado.

Tumores Benignos do Fígado

Com o uso frequente da ultrassonografia abdominal para a ipesquisa das mais diversas queixas, o achado de nódulos no fígado assintomáticos é bastante frequente.

Se o nódulo for único, o fígado for saudável e o paciente não tiver diagnóstico prévio de câncer em outro local, principalmente se o paciente for do sexo feminino, existe grande chance de o nódulo ser benigno.

Apesar de benignos, podem estar associados a complicações, incluindo raramente morte, se erroneamente diagnosticados e tratados.

Na maior parte dos casos, as complicações são tão raras que o risco de tratamento é maior que o do tumor.

Nestes casos, o acompanhamento periódico por profissional capacitado é a única medida necessária.

Comentaremos a seguir sobre os 3 nódulos mais frequentes, o hemangioma, a hiperplasia nodular focal e o adenoma hepatocelular.

Hemangioma hepático

O hemangioma é o nódulo mais comumente encontrado no fígado.

É um tumor formado por vasos sanguíneos, que pode ter ampla variação de tamanho.

Quando maior que 4 cm, é chamado hemangioma gigante. Normalmente é único, mas pode ser múltiplo.

Quando presente na infância, o fluxo sangüíneo turbulento pelos vasos sangüíneos malformados pode danificar as plaquetas do sangue, resultando em um distúrbio hemorrágico (síndrome de Kasabach-Merrit). No adulto é raramente sintomático. Ocasionalmente o paciente pode apresentar dor, ou, se o tumor for grande e localizado no lobo esquerdo, dificuldade de esvaziamento gástrico.

A presença de uma tumoração no fígado pode ser notada. Estes tumores podem aumentar de tamanho com o tempo, mas raramente rompem. A malignização não é descrita. Por este motivo, o tratamento é apenas o acompanhamento. A cirurgia é realizada quando o tumor é sintomático, caso estes sintomas incapacitem o paciente. O diagnóstico é obtido por métodos de imagem, não sendo necessário biópsia.

Hiperplasia Nodular Focal

A hiperplasia nodular focal (HNF) é o nódulo hepático benigno mais comum depois dos hemangiomas.

A causa da HNF ainda não está bem esclarecida, mas provavelmente surge de uma malformação vascular que leva a um aumento local do fluxo sanguíneo.

Com o fluxo turbulento, ocorre multiplicação das células do fígado (hiperplasia) em torno da malformação vascular, formando um pseudotumor.

É mais comum em mulheres em idade fértil, mas não há evidência conclusiva sobre ação hormonal natural ou de anticoncepcionais. Normalmente são únicos, mas podem ser múltiplos. Na sua maioria são encontrados ao acaso e são assintomáticos.

Quando provocam sintomas, estes estão associados a presença de uma tumoração hepática, e raramente, devido a hemorragia dentro do nódulo provocando dor.

Esta última alternativa parece ser mais freqüente em mulheres tomando anticoncepcionais orais. Normalmente são menores que 5cm. O diagnóstico pode ser feito por exames de imagem, onde uma cicatriz no centro da lesão é característica (na realidade, a cicatriz corresponde ä malformação vascular). Raramente é necessária biópsia, para diferencia-la de adenoma hepatocelular (ver abaixo). A HNF não maligniza e raramente rompe.

O tratamento é apenas o acompanhamento periódico. A cirurgia só é necessária na dúvida diagnóstica ou em caso de complicação. Apesar da relação discutível entre contraceptivos orais e a HNF, não é recomendado o uso desses e a segurança na gravidez também é duvidosa.

Adenoma hepatocelular

O adenoma hepatocelular é um tumor hepático benigno que surge na maior parte das vezes por influência hormonal. Eram bastante raros antes da disseminação do uso de contraceptivos orais. O risco é maior em mulheres acima de 30 anos de idade e que usaram estrógenos de alta dose por mais de 5 anos.

A incidência de adenomas em homens que usam esteróides androgênicos que são transformados em estrógenos durante a metabolização também é aumentada.

Com a redução da dose de estrógenos nos contraceptivos na última década, já observa-se uma dramática queda na incidência de adenomas. Este tumor, assim como os outros tumores benignos do fígado, geralmente é assintomático.

Quando provocam sintomas, podem estar associados a presença de tumoração no fígado ou à ruptura e sangramento provocando dor. Se a hemorragia não for contida pela cápsula hepática, o sangramento acontece para dentro do abdome (cavidade peritoneal) podendo ser maciço e provocar inclusive choque hemorrágico.

Adenomas normalmente são únicos e grandes ( > 10 cm ). Podem ser múltiplos, condição chamada adenomatose múltipla. O diagnóstico geralmente é feito apenas por métodos de imagem. Raramente é necessária a biópsia. Mesmo assim, a biópsia hepática pode não ajudar muito, já que é difícil diferenciar o adenoma do fígado normal e do hepatocarcinoma bem diferenciado.

Ao contrário do hemangioma e HNF, o adenoma pode romper em até 1/3 dos casos e malignizar em uma percentagem menor. O tratamento cirúrgico por este motivo é indicado sempre que possível. Tumores menores que 3 cm podem ser acompanhados, embora não seja a melhor alternativa. Nestes casos, a interrupção do uso de hormônios é feita e o adenoma pode involuir, evitando a cirurgia.

A gravidez também deve ser evitada.

Qualquer evidência de crescimento em exames de imagem periódicos indica a cirurgia, assim como o desejo de a paciente engravidar.

Além da remoção cirúrgica, a ablação por radiofrequência é uma alternativa em tumores com localização desfavorável e com tamanho de até 5cm.

Energia térmica é aplicada ao nódulo através de uma agulha especial, que gera calor através de corrente alternada fornecida por um gerador de radiofrequência.

A passagem de corrente alternada pelos tecidos cria uma fricção a nível molecular. O aumento da temperatura intracelular gera calor intersticial localizado.

A tempereraturas acima de 60o C, proteínas celulares rapidamente se desnaturam e coagulam, resultando em lesão celular.

A agulha também é posicionada por ultrassonografia, tanto de forma percutânea ou durante uma cirurgia.

Por tratar-se de uma doença benigna, com a interrupção do uso de contraceptivos orais e extração ou ablação do tumor, o prognóstico é excelente.

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Redação IS

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